O PREÇO DA ALMA

 

Enquanto o urber não vem, a saudade dela insiste em não ir embora, enquanto o urber não vem eu embarco na lembrança de cada momento que passamos juntos, isso foi antes da pandemia.

Enquanto o ônibus não vem eu entro no meu coração visitando a cicatriz que ela deixou, enquanto o urber não vem, eu olho pro céu e peço perdão, pois não deixei que o arco-íris entrasse na minha alma, seria mais uma marca.

Enquanto o urber não vem, digito no bloco de notas do celular, talvez isso faça você viver pra sempre dentro de mim.

Enquanto o urber não vem vejo as crônicas que poderia ter escrito irem embora, só ficou Deus, juntando os cacos do meu coração.

Enquanto o urber não vem eu penso em nossa canção e trago o nosso destino gravado na palma da minha mão como uma estrada que vai me levar de volta pra você.

Enquanto o urber não vem, a culpa é estrada de fazer vilão, pois sou obrigado a conviver comigo mesmo num ponto de ônibus, sem ônibus, enquanto espero um transporte  alternativo, sem alterativas para ser feliz , pois eu so conhecia ela como opção e sinto culpa de ter perdido ela, enquanto procurava por mim, isso é complicado demais, FREUD explica !

Enquanto o urber não vem, calculo o preço de vender a alma ao Diabo por causa dessa paixão, é impossível pensar nela sem passar pelo jogo da sedução.

Enquanto meu urber não vem, minha vida entra pela contramão.

Mas como num passe de mágica o urber vem, (no estilo veraneio vascaína) e me leva pra casa, quando entro tenho uma surpresa, encontro um recado dela na porta da geladeira:

“Sr. Azedo(rsrsrs), fui de urber na casa da minha mãe pegar umas roupas, resolvi te dá mais uma chance, vê se não apronta dessa vez...

Entediado abro o notebook e começo a escrever uma nova crônica: Enquanto o urber não vem...

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