O ESPIRITO DA CIDADELA
O ESPIRITO DA CIDADELA
Era uma vez um príncipe que gostava de viajar, ele resolveu
fazer uma última volta ao mundo antes de se casar, era uma viagem de
autoconhecimento e descoberta, chegando nas margens de um grande oceano, ele se
deparou com uma cena inusitada, uma pequena piaba ferida pula em cima da areia
da praia, tentando voltar para o mar, mas tinha uma nadadeira quebrada, o
príncipe usou uma porção mágica de cura, adquirida em uma de suas inúmeras
viagens para curar o pequeno peixe e recolocá-lo de volta na agua, quando a
piaba sentiu que estava curada e devolvida ao seu mundo natural, começou a
nadar em alta velocidade como se fosse desaparecer em aguas profundas sem nem
olhar para trás, mas alguma coisa a fez mudar de ideia. Voltou novamente para o
raso e chamou o príncipe para agradecer:
__ Se algum dia vossa alteza estiver em perigo, É só
procurar as aguas do grande oceano e em suas margens chamar pela rainha das piabas,
mas você ira precisar segurar uma escama de peixe mágica para realizar o
chamado, se não, será impossível eu ouvir sua voz dentro do meu mundo. A rainha
das piabas arrancou uma escama de sua pele e a deu ao príncipe como recompensa
por ele ter salvo sua vida, incluída a promessa de ajuda futura, depois partiu
para o fundo do mar, o príncipe iniciou sua longa viagem de volta pra casa.
Depois de vários dias de viagem, ele cruzou uma região
montanhosa do reino, lá dos anões e suas minas, e foi justamente na entrada de
uma dessas minas que o jovem príncipe encontrou um anão ferido, quase morto,
com escoriações em várias partes do corpo, ele procurou abrigo para ele e o
anão em dos salões da mina abandonada e preparou curativos para o corpo do anão
além de improvisar ataduras para enfaixar um dos braços e a cabeça até que
lentamente o anão foi recuperando a consciência e tomou conhecimento do
príncipe ao seu lado.
__ Eu sinto muito mais tenho que partir, minha jornada ainda
não acabou, mas não se preocupe você já está fora de perigo, acho que já pode
procurar pelo seu povo. O príncipe fez menção de ir embora quando o anão o
chamou de volta:
__ Espere! Disse o anão. Quero lhe agradecer por ter salvo a
minha vida. Ele abriu uma bolsa de couro e de dentro tirou um pequeno berrante
feito de chifre. __No dia que estiver em perigo é só tocar no berrante e chamar
pelo príncipe dos anões e eu ouvirei e virei em seu auxilio e assim aqueles
dois príncipes se despediram, ambos procurando o caminho de volta pra casa.
Depois de vencer a cadeia de montanhas, chegou a vez do
príncipe adentrar a floresta magica, o príncipe sentiu medo, alguma coisa
magica alterou os animais da floresta do reino fazendo com que eles também
ficasse conscientes e falasse com os humanos. Mas era um percurso que precisava
ser feito.
E foi no meio da densa vegetação da floresta, quando a noite
caia rápido que ele encontrou um pássaro ferido próximo ao tronco da grande
árvore, o animal estava com uma asa quebrada e não conseguia voar. O príncipe
fez uma fogueira e se abrigou no tronco da arvore junto com o pássaro, aplicou
curativo na asa do animal e passaram a noite conversando sobre os mistério do
reino sob a luz da fogueira, quando o sol voltou a brilhar outra vez o príncipe
precisou partir mas antes de sair o pássaro lhe deu um presente:
__Se algum dia estiver precisando de ajuda é só chamar por
mim, o rei dos pássaros, disse, arrancando uma pena magica de sua asa curado e
entregando o príncipe. Este recebeu o presente e o amarrou em seu colar para
não perder, deixou escondido em baixo da roupa para que ninguém visse, depois
retomou viagem. Ao longe já era possível ver as torres imponentes do castelo de
seu pai, mas seu pensamento também estava em outro lugar, melhor dizendo em
outra pessoa.
__ Papai qual o segredo da sua vida, por que o senhor tem
uma existência tão longa? Quem perguntou foi uma jovem de pele morena, cabelo
longo e olhos castanhos e corpo sinuoso, filha do mago mais poderoso do reino.
__ Minha filha o segredo da minha alma está no terreno da
propriedade de nossa família, disse isso abraçando a filha pelo o ombro e
fazendo com que ela caminhasse até a janela da casa e olhasse através da
vidraça.
__Você está vendo aquela grande arvore em nosso terreno,
cujas as potentes raízes penetram no coração da terra? Foi ali que plantei
minha alma, se aquela arvore magica morrer eu também morrerei.
A filha do mago era traiçoeira que nem o pai e sabia que o
velho mago não aprovava a ideia de que ele cassasse com o príncipe daquele
reino, queria que ela se dedicasse as artes magicas que nem ele. Por isso ela
passou a jogar em segredo, sem que seu pai visse, agua fervendo no tronco da
arvore, na esperança de matá-la e assim se livrar do próprio pai e ficar livre
para casar com o príncipe, fazia isso todas as manhas, mas nada escapa aos
olhos de um mago, e eles são muitos.
Em uma manhã a jovem foi surpreendida pelo pai que estava
escondido no jardim.
__Há filha ingrata! então quer dizer que planeja me matar
para poder se casar. O velho sorria com escarnio, encarando a filha com olhos
terríveis e escuridão. __ Há muito tempo que eu espiono você, em sua tarefa de
acabar comigo, vai eu aviso agora, pois já cansei da diversão, que seu trabalho
será inútil, pois você acha mesmo que eu iria facilitar as coisas pra você ou
para os meus inimigos, deixando o segredo da minha vida assim tão amostra de
todos? Mas se você faz tanta questão em saber eu vou contar, só pra me divertir
com sua reação, eu lhe direi agora onde é o esconderijo verdadeiro da minha
alma. A jovem Isabella recuava pelo jardim, diante de cada palavra de pavor que
seu pai vomitava, até que ficou pressionada contra o caule da arvore que el
tentara matar com agua fervida, enquanto seu pai flutuava próximo ao chão,
dando uma ideia de seu poder, envolto em uma capa preta de golas altas, com um
pentagrama pendurado em seu pescoço.
__ O segredo da minha vida está no fundo do grande oceano,
lá existe uma montanha submersa, na verdade ela toda é uma grande rocha, dizem
que a muito milênios atrás os deuses a lançaram na terra para demonstrar nossa
pequenez, caso quiséssemos enfrentá-los, pois bem foi dentro dessa rocha que
trancafiei minha alma, dentro da rocha existe um caixão enorme, dentro do
caixão existe uma urna, dentro da urna existe um pássaro magico, dentro do
pássaro magico existe um ovo e dentro do ovo existe uma vela, se a chama da
vela for apagada, a centelha da minha vida se apagara também, é tudo isso que
você teria de enfrentar para conseguir alcançar seus objetivo, mas também é
claro que isso nunca vai acontecer, a voz do mago foi ficando cada vez mais
tenebrosa, assim como sua figura enquanto ele ganhava altitude, se envolvia em
fumaça envolto na capa preta e desaparecia voltando pra sua torre particular
pra continuar praticando magia, em meio a nevoa que se seguiu a jovem ainda
conseguiu distinguir mais uma voz provocadora do pai: __Por isso conforme-se
querida em seguir a carreira de seu pai, pois só assim seu futuro estará assegurado para sempre, por que você
não irá casar com o príncipe NUNCAAAAA..... A voz ficou ecoando pelo ar e
reverberando nas entranhas de Isabella que pós as mãos no rosto e começou a
chorar agachada no tronco da árvore.
__ E agora meu príncipe? Estamos perdidos!
A princesa Isabella e o príncipe tinham se encontrado em uma
praia deserta depois de tudo que ela lhe relatou, sobre a revelação macabra que
seu pai lhe fizera, ele resolveu agir:
__Não se preocupe, eu sei como agir e derrotar seu pai.
Ambos desceram dos cavalos e ele se aproximou mais do mar,
deixando a mare banhar seus pés, tirou uma escama do bolso lembrando do peixe
que ajudara uma vez.
__Valei-me rainha das piabas! Gritou brandindo a minúscula
escama como se fosse um amuleto místico. Repetiu inúmeras vezes aquele pedido
de socorro, o eco da sua voz se perdendo nos vagalhões d agua do oceano místico
depois ficou em silencio por um tempo que apareceu a eternidade, esperando uma
resposta.
__Há quanto tempo meu príncipe?
Exclamou uma voizinha, quase entre seus pés, fazendo ele
recuar um pouco sob a areia da praia por precaução, não queria machucar aquele
ser pequenino.
__ Você é quase imperceptível, sabia?
__ deve ser por causa do meu tamanho majestade, mas venho
para honrar uma promessa que um dia eu fiz, portanto preciso saber o que posso
fazer para pagar minha dívida por ter salvo minha vida uma vez, sé é que isso é
possível.
__eu preciso saber se a senhora, como a rainha das piabas
tem conhecimento de uma grande pedra que existe no fundo do oceano, pois eu
quero essa grande pedra em terra seca aqui na praia, esse é meu pedido.
__Nossa! isso é um pedido e tanto, pelo que sei, essa pedra
fica em território atlante, voun ter que negociar, mais verei o que posso
fazer.
Aquela pequena piaba conseguiu convencer grandes criaturas
das profundezas, das fossas abissais para erguerem juntos a pedra para a
superfície do oceano.
Um borbulhar violento em um ponto afastado da margem fez o
príncipe despertar do seu sono perturbado, tinham se passado várias horas
depois que ele fez o pedido. Aquilo não era exatamente a pedra que ele
esperava, torre de pedras pontiagudas brotaram do meio do balançar violento das
ondas, a pedra era na verdade uma ilha, uma cidadela esculpida na rocha que
agora pairava sob as aguas com a luz da lua banhando o silencio fantasmagórico
do esconderijo da alma do mago.
O príncipe usou um barco de pesca para ancorar na ilhota
apesar da violência das ondas que se chocavam contra as rochas. Ao percorrer os
degraus que serpenteavam para cima chegou na frente da grande porta compostas
por duas metades que fechadas como estavam agora geravam na fachada a figura de
uma grande espada fincada no chão com uma fênix pousada no cabo, tamanha era a
riqueza de detalhes esculpidos na pesada porta de bronze, mas ao tenta-la
força-la para dentro, ele recebeu uma violenta descarga elétrica e foi lançado
para trás, ficando no chão, temporariamente atordoado. Um escudo magico
protegia a entrada e sozinho o príncipe não entraria ali. Ele lembrou da ajuda
de outro amigo.
Munido de um pequeno berrante no topo da cidadela ele tocou
e gritou:
__Valei-me rei dos anões!
Ele esperou na murada da cidadela até que tremeluzindo na
linha do horizonte, no calor que subia nas dunas distantes surgiu uma figura
atarracada trajando uma armadura e portando um machado.
Finalmente o anão também fez o trajeto sob a agua escoltando
a princesa em outro barco e agora os três estavam diante da porta de bronze.
__Finalmente nossa alteza requisitou meus serviços, estou
aqui para cumprir minha missão.
__Eu quero que derrube essa porta, mas aviso que ela está
protegida por magia arcana.
__Não se preocupe a lamina do meu machado também tem
propriedades magicas, foi forjado com minério élfico.
Ele ergueu o machado e com movimento brusco, aplicou um
golpe de cima pra baixo, repelindo um campo de força e arrombando a porta, eles
entraram em um grande salão encrustado de hastes de cristal nas paredes e
pedras de jade nas paredes e no teto. O piso era liso e branco mas parecia
reagir ao toque dos pés o que gerava traços geométricos e elípticos, alguns
cristais eram do tamanho de colunas ou estacas, o que tornava difícil a
locomoção entre eles, o príncipe a princesa e o anão caminhavam vendo seus
reflexos se multiplicarem ao infinito na superfície dos cristais.
No estremo do salão, tinha um pequeno presbitério com um
sarcófago em cima da mesa do altar ladeado por quatro CANDELABROS de cristais.
__Veja! exclamou a princesa, pode conter o segredo da alma
do meu pai.
__ Não gosto desse lugar, ele me dá arrepios. Disse o anão,
olhando em volta e apertando com força o cabo do machado como se esperasse por
um ataque a qualquer momento.
___Se for mesmo o que você disse princesa, então está tudo
fácil demais.
Eles passaram a mão na superfície embasada que servia de
tampa para o sarcófago que era feita de cristal, a princesa Isabella
assustou-se com o que viu.
__É outro corpo do meu pai, como é possível ele está em dois
lugares ao mesmo tempo?
Ele abriu os olhos. __ Eu estou em todos os lugares! e de
repente o corpo parou de falar e os cristais da caverna refletiam a imagem do
seu pai, uma espécie de projeção.
__Vocês foram tolos ao entrarem aqui.
O anão estava prestes a partir pra cima dos cristais com o
machado em punho.
__ que magia magia maldita é essa? o príncipe o conteve a
muito custo.
__Calma, alguma coisa me diz que ele pode revidar. Os
cristais sorriram como presas de lobo.
__você é esperto príncipe!
__ Na verdade o que ouve foi uma troca minha filha, eu
negocie com uma criatura de outro plano, fiz um pacto, a gente trocava de
corpo, ele estudaria meu mundo e eu o dele, mas ambos precisamos ser
convincentes, você é fruto tanto dessa criatura como do, meu corpo.
__ Pai você é um monstro, isso explica por que mamãe se
matou, ela devia ter percebido como eu fui concebida.
__ Um preço temporário a pagar.
__Você enlouqueceu de vez. Disse o príncipe, sacando a
espada.
__veja eu posso trazer sua mãe de volta, você tem o mesmo
poder que tenho, juntos formaremos uma nova família para um novo mundo, seremos
o início de uma nova raça, vamos inaugurar uma nova era.
__Chega de conversa, disse o príncipe. Princesa vamos fazer
o que você disse. Anão! use o machado de lamina élfica e quebre o sarcófago.
__Sim amo!
No momento em que o pequeno guerreiro ergueu a arma para
desferir o golpe na urna de cristal, uma lamina brotou da parede, acertando o
anão por trás, atravessando a armadura e a espinha, saindo do outro lado e
fazendo ele vomitar sangue, tingindo de vermelho a brancura da caverna.
__ Tolos vocês não tem chance eu controlo a caverna toda!
__Já chega! Disse a princesa, tomando o centro da caverna
que tinha mandalas desenhadas formadas por veios de cristais e ouro, o anão se
contorcia de dor, ainda tentando agarrar o machado que tinha deslizado pelo
chão, rolando para longe.
__Príncipe pegue a lamina, eu dou cobertura, disse a
princesa apontando as duas mãos na direção do sarcófago, que agora emitia um
brilho estranho.
__ha, há, há e como pretende fazer isso?
__você pode controlar essa caverna, mas não controla meu
coração, você não controla meu destino.
Enquanto o príncipe corria para pegar o machado, a princesa
atirou um raio duplo de energia que explodiu o sarcófago em vario fragmentos de
cristais que se espalharam pelo salão.
__ Nada mal para a filha de um mago! A voz vinha de vários
corredores que davam acesso a cúpula de cristal. __mas como pensa em me deter,
se posso estar também atrás de você?
Um corpo reptiliano com língua de serpente, com cristais
encrustados na pele, nos braços e na coluna, cresceu em velocidade assombrosa,
brotando do piso como uma planta maligna, e antes que a princesa tentasse usar
sua mágica outra vez, recebeu um violento tapa que a fez cair deslizando pelo
piso, ficando momentaneamente desacordada.
Isso deu tempo ao príncipe para agarrar o machado e tentar
um ataque, mas o monstro estava agora de frente pra ele.
__Minha filha pode esperar um pouco, mas você não pouparei,
uma chuva maciça de laminas de cristais brotaram de uma das mãos do pai da
princesa, agora em forma de um lagarto humanoide e com apenas um olho na testa.
O príncipe ANUNAKE rodopiou o machado, traçando um semicírculo no ar, desviando
ou quebrando as laminas de gelo que voavam em sua direção, ele tentava encurtar
a distância entre ambos para poder atacar também, ate que uma estalaquitete
caiu do teto, atingindo a cabeça, fazendo o príncipe vacilar
, até que o monstro lançou duas lanças do cristal, uma de
cada vez e ele foi arremessado contra a parede ficando crucificado, sem poder
lutar.
__Eu poderia brincar mais com você, mais estou me cansando,
eu preciso fazer com que minha filha fique do meu lado de um jeito ou de outro.
__ Isso não vai ser possível. Uma voz diferente ecoou pelas
suas costas, saindo da boca de sua filha que recobrara os sentidos e agora
flutuava acima do chão, era uma voz familiar, mas não era feminina.
__Já chega mago, não vou ser mais prisioneiro, já estudei
seu mundo por tempo suficiente e voe já estudou o meu, sou de uma raça pacifica
e viajo entre as dimensões, mais você usa o conhecimento para o mal, foi só
muito tarde que percebi isso.
__Como ousa me confrontar usando o corpo da minha filha!
__Como se você se importasse com ela! os olhos da princesa
brilhavam, enquanto sua mente servia de hospedeiro.
Foi quando sua filha começou a estudar magia proibida
através de seus pergaminhos na torre que percebi que tinha uma chance de fugir
dos planos dos espelhos, foi muito esperto simular meu mundo usando a dimensão
dos espelhos, mas agora o truque acabou.
__Você devia te achado que vai me vencer pra me afrontar
assim, mas acho melhor ficar com a carcaça do meu antigo corpo, ele não me
interessa mais e assim pouca sua existência miserável, já eu por minha parte
posso fabricar um corpo totalmente novo quantas vezes eu quiser.
O mago se transformou de repente em uma criatura quadrupede
e feroz, uma espécie de cachorro grande com pontas de cristais brotando das
costas para poder enfrentar o ser dimensional, enquanto o príncipe urrava de
dor tentando se soltar da parede e o anão estava desacordado.
Enquanto ele correu ganhando velocidade para o salto
tentando abocanhar o pescoço da princesa em uma loucura que não diferenciava
mais inimigos de aliados, a princesa usando magia assumiu a aparência de um
gladiador portando uma lança comprida para espetar o mago em forma de cão que
vinha em pleno ar para morde-la, mas durante o voo o mago percebeu que não
seria tão fácil assim dominar a princesa, seu alvo começou a mudar de aparência
de novo, transformando-se em um espelho magico e ai era tarde demais para ele
interromper o ataque, ele acabou atravessando o
espelho, indo parar do outro lado. A princesa voltou ao normal, sendo
contemplada por um espirito de luz que pairava a sua frente, o príncipe chegou
até eles com as mão ainda sangrando.
__Você está bem princesa?
__Agora estou melhor, mas não sei onde meu pai foi parar.
__Ele está morto? perguntou o príncipe.
__Minha mente esta confusa, eu sei que lutei contra ele, mas
não sei o paradeiro de meu pai.
__Ele foi transferido para o porão da cidadela.
__ E o que tem lá? Perguntou o príncipe.
__Outros sarcófagos e espíritos revoltados. Respondeu o ser
dimensional, agora transformado em um ancião careca, com túnica cinza para não
assustar o casal.
__outras vítimas do mago, ele tinha isolado a área, mas eu
dei um jeito de manda-lo para lá.
Nesse momento as bases da cidadela começaram a tremer, e o
piso começou a rachar, liberando larvas vindas do subsolo, jatos incandescentes
que fulminariam quem estivesse perto, laminas de cristal caiam do teto em
decida mortal.
__Seu pai ainda luta na necrópole subterrânea, princesa,
apesar de haver um equilíbrio de forças esse lugar não vai aguentar por muito
tempo, ele não pertence ao mundo da superfície.
__Então vamos sair desse lugar maldito.
__eu transporto vocês para o cais e vocês pegam o barco,
será nosso adeus, preciso abrir um portal para o meu mundo, não sei o estrago
que o mago causou lá.
Quando os dois alcançaram o barco, as pedras da ilha
começaram a se desintegrar e as torres da cidadela caíram empurrando e toda a
cidadela entrou em colapso afundando lentamente, como uma caravela de casco
furado, o barco foi impulsionado pelas ondas provocadas pelo desabamento. Até
que o príncipe viu brotar em meio aos escombros uma mancha negra que subiu ao
céu materializada em um corvo negro que direcionou seu voo na direção da torre
do mago.
__Olha princesa! Exclamou o príncipe enquanto lutava para
remar na direção tamanha era a força das ondas.
__ O espirito do meu pai ainda vive, se ele conseguir
habitar seu antigo corpo ainda será capaz de andar sob a terra.
__Não se eu puder evitar. Disse o príncipe. Arrancou o colar
do pescoço com a pequena pluma e gritou.
__Valei-me Rinha dos pássaros. No último momento quando o
barco ia virar, um pássaro gigante brotou das nuvens, cortando o ar e resgatou
os dois, era a rainha da águias.
_Há quanto tempo príncipe! Uma voz magica, encantada brotou
na consciência do príncipe.
__Rápido! Use sua visão de águia e localize um corvo em
fuga, que voa na direção do continente.]
__Será feito príncipe.
A aguia voou em
velocidade vertiginosa por cima de rios e florestas, assustando aldeias de
camponeses e de anões com a potência de suas asas até que avistaram o corvo já
quase chegando na janela da torre, enquanto uma mão carcomida pelas eras se
erguia dentro da torre, na ânsia de agarra-lo.
Mas com a velocidade de uma flecha a águia real cobriu a
distância e o agarrou com suas garras, entregando-o ao príncipe com o bico,
este por sua vez, puxou o punhal e abriu o pássaro, encontrando um ovo dourado
e quando quebrou o ovo, seu interior revelou uma pequena vela com uma chama cor
de ouro.
__Vamos pôr fim a essa aflição , princesa.
_Vamos, respondeu a princesa e juntos assopraram a chama, no
mesmo instante ouviu-se uma explosão na direção da torre, e quando a águia
começou a voar em círculos avistaram o incêndio no topo da torre, a águia os
deixou em segurança em uma clareira no meio da floresta, já tinha cumprido sua
missão.
__E agora príncipe o que faremos de nossas vidas?
__Agora vamos casar. Os dois trocaram um longo beijo.
Ao longe era possível ouvir o sons dos cascos de cavalos se
aproximando, a cavalaria so chega atrasada.
FIM
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