FANFIC SALOMON KANE; NOITE SEM FIM
NOITE SEM FIM
Degolados no deserto, o
suor dos cadáveres se transformam em pó e grudam na cara de Salomão Kane feito
maquiagem e ele exclamou:
___ meia-noite eu
desvendo esse segredo!
Depois de cavalgar por
horas ele chegou em um Oasis repleto de palmeiras
e uma fonte de água no seu centro, Oasis da palmeira quebrada, o sol se punha,
isso significava menos tempo, interpelou o primeiro que passava em dos becos:
___ Por que aquela
carnificina no deserto?
___ Eles profanaram o
deus do deserto, por isso tiveram que morrer.
O velho que falou
empurava uma carroça, tinha um olhar vitrificado e lunático. Salomão Kane teve
um sobreassalto, aquela tribo era composta de pagãos fanáticos.
A serviço da coroa
britânica ele foi levado a presença do sultão que governava aquele aglomerado
que vivam em um ponto remoto do deserto.
___ Então vossa
majestade, a rainha quer que sigamos o Deus dela?
___ NÃO somente ela, mas
todo o mundo civilizado. Disse Salomão franzindo o cenho.
___ vocês adoram a alguma
aberação da natureza, um predador que vive sob a areia.
O sultão continuava a
aparentar calma, ao passo que Kane parecia que ia explodir a qualquer momento.
___ Vejo que o senhor é
bem informado sobre nossos costumes.
Dito isso ele inalou mais
uma vez o narguiler e relaxando ainda mais em cimas das almofadas e tapetes que
serviam de assento e ornamentavam toda a barraca central do acampamento.
___ Bem mais do que você
imagina. Dito isto Salomão Kane sacou a pistola e atirou na barriga gorda do
sultão que tombou sob a própria gordura, manchando a tapeçaria que cobria o piso.
Na confusão que se seguiu
a guarda pessoal do sultão levaram alguns segundos para entenderem o que tinha
acontecido e reagir, isso deu uma pequena vantagem a Salomão que começou a
correr, ouviu gritos no seu encalço: ___ ele matou nosso líder !
Saiu porta fora, pegou o
primeiro cavalo que passava e entrou deserto adentro, deixando o Oasis para
trás, quando chegou no local das estacas, o cadáveres tinham desaparecido, um
arrepio lhe percorreu a espinha ao ouvir u bater de asas e uma sombra gigante
encobrir momentaneamente a luz da lua, uma criatura sinistra e peluda voava na
direção do astro que tinha aparência de caveira, o bicho ainda olhou para trás
e o sangue do senhor Kane gelou, mas a criatura parecia já está saciada e agora
voltava para o ninho e Salomão subiu no cavalo e resolveu fazer o mesmo.
Enquanto cavalgava em
direção ao porto de Marrocos para voltar a Inglaterra Salomão reconsiderou suas
decisões daquele dia, será que aquele monstro morava na lua ou nas montanhas de
picos elevados ? a conclusão foi ficando cada vez mais terrível.
Olhou para trás durante
essas conjecturas e viu uma turba que o perseguia emergir por entre aas dunas,
viu asa tochas tremeluzirem nas mãos dos cavaleiros naquele mar de areia, ainda
estavam longe eram como estrelas pequenas que se aproximavam mas era evidente
que estavam cada vez mais perto e Salomão sabia que o que eles queriam era
vingança!
De repente as lanças
começaram a chover sobre ele, será que vai da tempo? Avistou as velas brancas
do navio e o mastro espetarem o céu e seu animo se revigorou.
Na proa da escuna, mak
moon fiel escudeiro notou a chegada estrondosa do amo do observar pela luneta, era um negro
robusto, os braços grossos como tenazes de ferro e apesar de trajado com roupas
de pirata ainda conservava apetrechos tribais nos braços, pernas e cabeças.
___ Por mil demônios é o
senhor Kane e esta sendo perseguido, sua voz suavam como um rugido de tambor na
hora da batalha e talvez por isso tenha sido escolhido pelo próprio Kane como
imediato.
___ Vamos homens vamos
assegurar que ele chegue até nós!
A partir dai foi uma
carnificina na praia, pois para cada lança que procurava o corpo de Salomão Kane
um tiro de carabina era disparado do navio e acertava um membro da turba
fazendo-o tombar imediatamente até que Kane, desapeou e entrou na água e
mandaram um bote a seu encontro, o numero reduzido de inimigos ficou gritando
na praia, mas sob o convés, um grito de terror diferente ecoava pelos labirintos
de Kane quando os grilhões da memória arrastava o puritano na direção da
criatura peluda voadora.
Já estavam avançando para
águas profundas quando em nome da fe Salomão deu uma nova ordem ordem.
___ Vamos contornar a
baia.
___ Mas senhor isso é
quase uma meia volta para o coração do perigo.
___ Por favor Mak Moon, o
mundo todo vai continuar em perigo se eu
parar de lutar contra o mal! Disse Kane acariciando aas duas espadas e o
florete.
Quando a ancora desceu
mais uma vez e Salomão com seus homens chegaram até a costa, a lua tinha
declinado um pouco como se a qualquer momento fosse mergulhar no mar, um crânio
de um esqueleto gigante pensou Kane.
___ Essa noite parece sem
fim exclamou um dos mercenários que estavam sob as ordens de Kane. Ele limitou-se
a olhar para o pico das montanhas com o estranho pressentimento que o caminho
para o inferno apontava para o alto, para as montanhas da loucura. Desde o
inicio a escalada foi tortuosa, todos estavam unidos por cordas e kane liderou
o esquadrão suicida na subida, na metade da subida lufadas de vento começavam a
soar ameaçadoras reverberando nas saliências das pedras, quando Kane gritava
para animar os marinheiros o som da sua voz saia com dificuldade e era levado
pelo vento, nunca na sua vida o silencio fora algo tão aterrador como agora,
geralmente ela associava o silencio com algo divino devido a sua educação puritana,
mas ali a ausência da voz humana, era uma pausa que apertava a garganta de um
homem como se fossem as voltas de uma píton.
___ Vamos todos morrer aqui!
Falou um dos alpinistas.
___ Se quiser ser o
primeiro corte a corda. Foi a resposta áspera de kane. ___ vamos continuar
subindo.
A distração do dialogo
momentâneo foi quebrado por uma chuva de pequenos pedregulhos e quando o senhor
Kane mirou o olhar para o alto, blocos grandes de pedra caíram sobre eles, algo
ou alguém não queria que eles alcançassem o topo. As mãos ossudas de Kane
alcançaram uma beirada e seu olhar logo esquadrinhou uma abertura na rocha, e
eles escaparam da chuva de pedra entrando ali, acenderam tochas e avançaram
fazendo a escuridão recuar, Kane e Brak moon líder do o grupo, descobriram uma
escada em espiral no interior da caverna que levava ao topo, em alguns trechos
a escada de pedra tinha ruído e era preciso pular para o outro lado, um dos
piratas acabou deixando uma tocha cair em um momento de distração e ela caiu no
abismo abaixo de seus pés, a garganta do próprio diabo parecia querer engolir
toda luz que os ajudava a subirem no interior da montanha. Continuaram a escalada
com a terrível sensação que em nichos nas paredes olhos famintos os observava.
De repente um verme
gigante brotou por uma abertura na parede e abocanhou um dos homens pela cabeça
e o arrastou numa velocidade impressionante para sua toca, era possível ouvir
seus últimos gemidos de agonia e barulhos de ossos quebrando, mack mon lançou
um saco de pólvora pelo buraco e depois uma tocha, a explosão bloqueou o
buraco.
___ Agora nunca mais ela
sai dai!
Todos ali sentiram medo
de perguntar pelo nome da coisa que saia pelo buraco. Sentiram vento novamente,
estavam no topo, a céu aberto, uma especie de pátio de pedra se estendia a
frente deles, feito não pela natureza, mas era difícil também dizer se por m
aos tribais, grandes porções de pedra pareciam ter sido derretidas como se o
próprio fogo do inferno tivesse feito o serviço.
Na beira do precipício um
ser contemplava a paisagem e a luz da lua, Kane sentiu medo, pois ele já lia seus
pensamentos, nem precisou virar para ser ouvido. A voz saiu cavernosa, como se
uma garganta reptiliana tentassem de maneira tosca imitar a voz humana para ser
compreendido.
___ Houve uma era
inimaginável, em que um grande terremoto virou as bases do mundo de cabeça para
baixo e muitas criaturas como a que vocês viram durante a subida até aqui forram
libertas.
___ O que você quer de nós?
Perguntou Mack Moon. A criatura virou seus rosto ou o que se assemelhava a
isso, uma aberração anfíbia, reptiliana e crustácea os contemplava.
Ele continuou seu relato.
___ Foi nessa época que
minha raça, singrando pelo espaço desceu na terra, lutamos contra os vermes primordiais
das profundezas da terra e isso fez com que a humanidade florescesse, depois dessas
terríveis batalhas nas quais tivemos também nossas perdas, partimos mais uma
vez e nos exilamos na lua da caveira na esperança de que o sinal que emitimos
fosse captado pelos outros na nossa raça para nos juntarmos a eles na
exploração das estrelas pois isso é o que nos move, éramos adorados como deuses
pela humanidade, pois provocamos estranhos fenômenos na superfície da lua
escavando e extraindo minério que servisse para forjamos ferramentas e peças
para naves. Mas com o passar das eras, devido a demora do resgate, fomos nos
degenerando e nos tornamos no que muitos de vocês chamam de demônios.
___ Nisso tenho que
concordar replicou Kane, o monstro continuou seu relato fazendo pouco caso da
replica do puritano.
___ Uma doença surgiu em
nossa raça talvez por estarmos tão longe de casa ou por viajar tanto tempo pelo
éter e o sangue humano passou a ser nossa única esperança de cura.
___ vocês passaram a nos caçar!
___ Sim, mas o sangue de
vocês só adiava o inevitável e um a um passamos a morrer, eu sou o ultimo dos
que caíram na terra.
___ E em breve se
juntaram aos que já sucumbiram, vociferou Kane.
___ Vamos homens ataquem
esse filho de lúcifer, esse anjo caído do céu virado em demônio!
Cercaram a criatura e
atacaram de maneira coordenada, mas cada tiro de pistola ou lamina resvalava na
couraça do monstro causando apenas ferimentos leves ao passo que cada golpe do mostro com asas
pontiagudas, garras ou cauda derrubava um bando de marinheiros a cada investida
do monstro, No final só restava Kane e mak moon lado a lado os corpos cobertos
de escoriações. Um dos golpes do demônio arremessou o amigo do puritano
despenhadeiro abaixo, o puritano sentiu um puxão na linha da cintura e só então
percebeu que ainda estava unido por uma corda e um nó de marinheiro, Salomão
deu as costas para monstro tentando salvar o amigo, mas quando olhou para baixo
mack moom estava sorrindo, puxou a adaga da cintura e cortou a corda.
___ Nãaooooo !
Kane olhou de volta para
o monstro entendendo o sacrifício do amigo, pois virar as costas para monstro
resultaria em morte certa, a criatura agora depois do combate com a turma
parecia demonstrar sinais de cansaço, bebeu o sangue de alguns que tinham caído
em combate e tentou voar na direção da lua, levando um dos corpos como comida,
Kane percebeu que aquele corpo era do pirata Jack caolho que sempre carregava
um saco de pólvora amarrado em seu cinto de pirata, pobre Jack, exclamou Kane,
sacou a pistola, atirou e o monstro explodiu no ar.
Durante muito tempo Kane
fitou a lua e as estrelas imaginando o fosso sideral entre o satélite caveira e
a terra, e as engrenagens de outros mundos que poderiam estar enterrados lá,
queria poder combater os demônios também em outras esferas, quem dera se os
céus lhe ortogassem tão assombros poder!
Já ia principiar a
descida quando um circulo de criaturas ultra-dimensionias o cercaram todas
semelhantes a aquela que Kane tinha explodido e ele pensou que fosse o fim até
que uma avançou para o centro e Kane levou a mão ao florete num gesto instintivo,
não daria tempo de recarregar a pistola, morreria lutando contra o inferno sem
duvida !
___ você foi o único que
venceu um de nós, disse o anfíbio bípede lhe entregando uma pistola estranha
para Kane, ele leu a inscrição “1945” todos do circulo desapareceram e ele iniciou
a descida lentamente com os primeiros raios de sol atingindo a aguaa do mar.
*****
Norte da Inglaterra, 3
meses depois.
O senhor Julio Verne era
importunado por um homem de capa preta e rosto ossudo.
Ainda não entendi senhor
Kane porque um homem tão religioso como o senhor quer ser um dos nossos
patrocinadores na construção do foguete que irá para a lua injetando quantias
maciças de dinheiro na conta da sociedade do foguete, depois de um longo
suspiro Kane respondeu.
___ Negócios inacabados.
Comentários
Postar um comentário