NASCE UMA FÚRIA

O NASCIMENTO DA FÚRIA

Em uma comunidade rural de Altos existiu um cachorro que “não servia pra nada” pelo menos era isso o que seus donos diziam, vivia cochilando no terreiro da sala com os olhos semicerrados e não fazia uma ação, ele era incapaz de atacar um ser humano ou outro animal.
Nessa localidade morava um velho ranzinza e solitário que devido morar sozinho vivia perambulando nas casas dos vizinhos, jogando “conversa fora”, principalmente na “boquinha da noite”, quando as pessoas se reuniam no alpendre ou terreiro para conversarem, ele era muito esquisito e sempre andava armado com um chiqueirador ou uma espingarda bate-bucha.
  Um dia sem motivo algum esse cachorro manso tentou morder o velho e este pra se defender efetuou um disparo com a espingarda no cachorro. O tiro não foi mortal mas deixou o cachorro bastante ferido, os caroços de chumbo se espalharam e passaram de raspão pelo corpo do cachorro, “fazendo caminho de rato” pela sua pele e arrancando tufos de pelo.
  O cachorro passou uma semana em uma espécie de coma, sendo medicado pelo dono com remédios caseiros, sem abrir os olhos, mal tendo forças pra mastigar o alimento que era colocado em sua boca, passando todo esse tempo deitado.
  Quando finalmente se levantou, começou a dar mostras que havia se transformado em uma criatura perversa, aquele cachorro dócil tinha desaparecido, dando lugar a um animal cheio de fúria, com temperamento de Pit Bull, atacando os bichos da redondeza, até mesmo animais de grande porte em relação a ele, como bois e vacas, diante dos quais não se intimidava e derrubava-os com mordidas no pescoço.
  Mas a parte mais terrível da história não foram essas demonstrações de violência, isso era só a previa, pois o cachorro elegera aquele velho como seu inimigo mortal, não conseguiu mais esquece-lo. O velho agora só andava assombrado na comunidade, olhando para todos os lados com medo de ser surpreendido pelo cão, que por sua vez não perdia nenhuma chance de fazer uma investida, chegando mesmo a conseguir morder o velho algumas vezes.
  Essa rivalidade durou até o velho morrer, e mesmo assim, depois da morte desse senhor, o cão continuou sendo violento e agressivo até o ultimo dia de vida.

P. S: HISTÓRIA REAL !


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